O secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, disse hoje que o governo propõe a manutenção das regras firmadas com as centrais sindicais em 2007 e que está preparado para fazer um trabalho de convencimento dos parlamentares no Congresso sobre a “conveniência dessa regra, que está dando certo”. “Não há razão para mudar o acordo”, defendeu o ministro, após reunião de quase três horas, em São Paulo, com as principais centrais sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Força Sindical.
Carvalho afirmou que é preciso resolver a questão do reajuste do salário mínimo o quanto antes, embora não esteja marcada uma nova rodada de negociações. “Não havendo acordo, vamos mandar do mesmo modo para o Congresso”, disse.
Quanto à correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), ele afirmou que, mesmo que não haja definição até março, quando a Receita Federal começa a receber as declarações, o governo tem mecanismos para compensar o contribuinte em 2012. “No ano seguinte, tem uma compensação, não tem problema”, disse. As centrais defendem uma correção de 6,46% e o governo oferece 4,5%.
O ministro destacou que, apesar de as centrais sindicais não aceitarem o reajuste do salário mínimo para R$ 545, o governo manterá o diálogo com os trabalhadores. “Temos de defender o interesse dos trabalhadores. Seguiremos tentando convencer as centrais e não cansaremos do diálogo”, ressaltou Carvalho.