O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, anunciou os nomes de dois novos subsecretários e de três superintendentes do órgão para formar a nova equipe, após os 12 pedidos de demissão e duas exonerações. Mas ainda há vagas em aberto.
Para o lugar de Odilon Neves na Subsecretaria de Gestão Corporativa da Receita foi escolhido José Schettino Peixoto. Cartaxo confirmou no cargo o subsecretário de Tributação e Contencioso, Sandro de Vargas Serpa, que já ocupava o posto interinamente.
Para as superintendências, o secretário anunciou os nomes de José Guilherme Antunes de Vasconcellos para a 8ª Região Fiscal, de São Paulo, a maior do País; de Paulo Renato Silva da Paz para 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul); de Hermano Lemos de Avellar Machado para a 6ª Região (Minas Gerais). São as três regiões onde os antigos superintendentes eram os mais atuantes no movimento de protesto contra a demissão de Lina Maria Vieira do cargo de Secretaria da Receita Federal.
A superintendência da 4ª Região Fiscal, que compreende Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas, ainda está vaga. Dessa região é originária Lina Vieira, que ali ainda tem influência.
Ficou pendente a confirmação do nome de Luís Gonzaga Medeiros Nóbrega para a Superintendência da 3ª Região Fiscal (Ceará, Piauí e Maranhão). Otacílio Cartaxo informou que conversou com Medeiros Nóbrega e que este, depois de ter assinado a carta de servidores pedindo demissão, afirmou que tinha dúvidas em relação ao texto. Cartaxo disse que Nóbrega ficou de responder amanhã se fica ou não no cargo.
O secretário confirmou nos cargos os atuais superintendentes da 1ª Região Fiscal (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins), José Oleskovicz; da 2ª Região (Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Roraima e Rondônia), Esdras Esnarriaga Júnior; da 5ª Região (Bahia e Sergipe), Zayda Bastos Manatta; da 7ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo), Eliana Polo Pereira; e da 9ª Região (Paraná e Santa Catarina), Luiz Bernardi.
Cartaxo afirmou ainda, na entrevista, referindo-se às mudanças na equipe, que “não há ingerência política de qualquer natureza para proteger grandes contribuintes”. O secretário assegurou que o foco na fiscalização dos grandes contribuintes será mantido e que grandes projetos que estão em andamento na Receita serão mantidos e receberão apoio.
Acrescentou que o secretário da Receita “cumpre as determinações do ministro” da Fazenda, “como sempre aconteceu”.