O crescimento da venda de veículos bicombustíveis (?flex fuel?) vai limitar a capacidade de reajuste dos preços dos combustíveis derivados do petróleo no País. A avaliação é do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabriel-li. Segundo ele, o carro bicombustível ?vai ser um regulador de mercado porque vai limitar a capacidade de reajuste?. Gabrielli admitiu que a estatal já analisa o impacto desses veículos no mercado de derivados do petróleo no longo prazo.

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Segundo ele, cerca de dois terços dos veículos que saem das fábricas hoje são bicombustíveis, o que dá ao consumidor o poder de escolha entre o álcool e a gasolina, já que esses carros podem ser abastecidos pelos dois combustíveis, misturados em qualquer proporção ou separados.

Dessa forma, caso o preço da gasolina sofra um forte reajuste, a tendência é de que o álcool passe a ser usado mais pelos motoristas desses veículos, reduzindo a demanda pela gasolina.

Ele também não prevê que eventuais reajustes da gasolina acabem por elevar também o álcool. ?O Brasil tem elasticidade de substituição da gasolina pelo álcool?, disse, ao destacar que a frota de veículos ?flex fuel? já se aproxima de 6% do total em circulação no País.

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A Petrobras estima que o crescimento da demanda brasileira por derivados de petróleo líquidos deverá crescer aproximadamente 2,6% ao ano entre 2006 e 2010, considerando um crescimento de 4% ao ano para o PIB (Produto Interno Bruto).

No último dia 10, a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do diesel nas refinarias em 10% e 12%, respectivamente, depois de considerar que os preços internacionais do petróleo alcançaram novo patamar e que os valores praticados no Brasil estavam defasados.

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Na avaliação de Gabrielli, os preços do petróleo deverão continuar voláteis por algum tempo porque a demanda internacional ainda está muito próxima da capacidade de produção.

Veículos ?híbridos?

A fabricante americana de automóveis Ford deve multiplicar por dez sua produção anual de veículos híbridos (que usam motores a gasolina e a eletricidade) e chegar a cerca de 250 mil unidades por ano até 2010, disse nesta quarta-feira o presidente da empresa, Bill Ford.

?Mais da metade das linhas das marcas Ford, Lincoln e Mercury terão versões híbridas?, disse Ford.

A produção de carros híbridos pela empresa chega atualmente a 24 mil unidades anuais, segundo comunicado da Ford. Já para 2008, a Ford espera oferecer entre os carros híbridos os modelos Escape e Fusion, da Ford, e os modelos Mariner e Milan, da Mercury.

A empresa também prevê elevar até o próximo ano para 280 mil a produção de veículos bicombustíveis. A Ford é hoje a única fabricante de carros nos EUA que produz veículos híbridos.