O MPT (Ministério Público do Trabalho) do Distrito Federal entrou com uma ação na Justiça contra o Carrefour por discriminação. A rede teria discriminado pessoas gordas, baixas, homossexuais, portadores de HIV, mães solteiras ou com filhos pequenos e mulheres com seios grandes.
Segundo o MP, em Brasília houve denúncia, ?comprovada?, de que a empresa não contratou uma candidata no processo seletivo para o cargo de caixa pelo fato de estar acima do peso e ter seios grandes. ?No curso das investigações descobriu-se várias denúncias de discriminação em vários estados, algumas comprovadas de fato?, informou o MP.
O Carrefour, que emprega 45 mil pessoas em todo o país, negou a prática de discriminação em seus processos seletivos.
?A empresa não pratica discriminação nos processos seletivos nem em qualquer outra área relacionada a emprego ou convívio social por não ser sua filosofia de trabalho e muito menos sua política empresarial?, divulgou em comunicado.
Caso seja condenado, o Carrefour poderá pagar indenização de R$ 2 milhões por dano moral à sociedade. Ou seja, os recursos seriam destinados ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Em São Paulo, a Justiça do Trabalho deu ganho de causa para uma ex-empregada da empresa Control Tower Assessoria Empresarial S/C Ltda. por ser chamada de ?gordinha? pelo diretor da companhia.
A trabalhadora – contratada como assistente administrativa – entrou com processo na 29.ª Vara do Trabalho de São Paulo, pedindo, entre outras verbas, indenização por danos morais. Para ela, o apelido dado por seu chefe era ofensivo à sua honra. A Control Tower foi condenada a pagar uma indenização de cerca de R$ 8 mil à ex-empregada.