O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse hoje que o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o mês de outubro deverá ser melhor que o de setembro, divulgado hoje e que registrou a criação de 252.617 empregos com carteira assinada.
O saldo do mês passado é o melhor de 2009 e o segundo melhor da série do Caged para meses de setembro. “Apesar de outubro, normalmente, ter uma redução de empregos, este ano deveremos ter uma boa surpresa por causa da forte retração que a economia sofreu no início do primeiro semestre”, disse o ministro.
Para o ano, o ministro avalia que o Caged deve registrar a criação de 1,1 milhão de vagas formais. Até o mês passado, a avaliação do ministro era de que, em 2009, a geração de novos empregos poderia ficar em torno de um milhão.
Ele disse, no entanto, que sua previsão não está baseada em estatística, já que a área técnica do ministério ainda considera muito cedo fazer qualquer previsão sobre qual será o comportamento do mercado de trabalho em dezembro.
No último mês do ano, tradicionalmente, a economia demite mais empregados do que contrata. O otimismo do ministro, entretanto, se baseia no bom desempenho da indústria de transformação, que em setembro foi responsável por quase a metade das novas contratações do mês.
Segundo Lupi, o saldo positivo de 123.318 novas vagas abertas pela indústria em setembro é o melhor da série do Caged já registrada pelo setor. “A tendência é que a indústria continue contratando bem nos próximos dois meses (outubro e novembro)”, previu o ministro.
Pela primeira vez em 2009, de acordo com Lupi, todos os setores da economia registraram saldos positivos de empregos no período acumulado do ano. Para o ministro, isso configura a recuperação definitiva da economia brasileira após os reflexos da crise financeira mundial no fim de 2008. Para o ministro, essa recuperação se deve, principalmente, ao mercado interno e, a partir deste momento, pela recuperação externa.
Também pela primeira vez, segundo os dados do Caged, a região Nordeste gerou mais empregos que a região Sudeste do País. Isso foi provocado pela sazonalidade da colheita de cana-de-açúcar e da produção de açúcar e álcool. O Nordeste registrou um saldo positivo de 100.442 postos de trabalho em setembro contra 85.864 vagas criadas pelos Estados do Sudeste.