A carga tributária de 2006 é recorde histórico ao atingir 34,23% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com informações da Receita Federal, divulgadas nesta terça-feira (21). Em 2005, a carga ficou em 33 38% do PIB, dado já revisado para adequação à mudança de metodologia de cálculo do PIB pelo IBGE.

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O coordenador-geral da Política Tributária da Receita Federal, Ronaldo Medina, justificou, o aumento da carga tributária em 2006 afirmando que ela ocorreu em função do crescimento da economia e do aumento da eficiência da máquina arrecadadora. Medina lembrou que o governo Lula não promoveu nenhum aumento de alíquota.

Ele disse que o compromisso do governo de não aumentar a carga tributária deve ser entendido dentro da dificuldade metodológica de apuração dos dados. Observou que o governo não sabe com antecedência de quanto é o Produto Interno Bruto (PIB) de determinado ano e que também é difícil dimensionar quanto da arrecadação é fruto do crescimento da economia e quanto a arrecadação cresceu acima da elevação do PIB.

Subavaliação

O coordenador admitiu, no entanto, que houve uma subavaliação por parte da Receita da dinâmica da economia brasileira. "Mas não foi só a Receita que errou. Outros setores também fizeram projeções menos otimistas do crescimento da economia."

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Medina afirmou, no entanto, que esse erro pode ser corrigido. Segundo ele, as desonerações tributárias devem ser olhadas no seu conjunto. Medina lembrou que o governo Lula ainda não terminou e disse que novas desonerações de impostos estão em estudo. "Essa subavaliação não é tão grave quanto colocar em xeque os programas sociais", afirmou o coordenador.