A receita tributária do governo federal cresceu 16,31% de 1999 a 2000, passando de R$ 128,6 bilhões para R$ 149,6 bilhões. Esse crescimento permitiu ao governo federal aumentar em 36,76% os investimentos, que alcançaram R$ 5,6 bilhões, em 2000. As transferências para os estados e municípios também cresceram 23,57% e somaram R$ 58,5 bilhões, em 2000, contra R$ 47,3 bilhões, em 1999.
Os dados constam da pesquisa de desempenho da administração pública, do IBGE, divulgada ontem. A pesquisa também revela que as transferências de recursos para pagamento de benefícios do INSS, abono PIS-PASEP, seguro desemprego, saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), gastos com o Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros, responderam por 51,82% da despesa corrente do governo federal, que chegou, em 2000, a R$ 122,5 bilhões.
Outro dado importante revelado pela pesquisa diz respeito aos valores do conjunto da dívida interna e externa, amortização e financiamento, que, em 2000, somaram R$ 342,1 bilhões, representando 52,81% do total das despesas orçamentárias. A pesquisa destaca também o empenho, nos três níveis de governo, para equilibrar as contas públicas. O esforço se traduziu no superávit primário de 2,08% e fiscal de 0,62 do Produto Interno Bruto (PIB). A administração pública na sua totalidade (União, estados e municípios) passou de um superávit primário de R$ 18,7 bilhões, em 1999, para R$ 22, 8 bilhões, em 2000.