Os fundos registraram captações líquidas de R$ 89,7 bilhões no acumulado do ano até novembro, de acordo com informações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em igual período de 2015, os fundos captaram R$ 7 bilhões. O diretor da associação, Carlos Ambrósio, destacou que as categorias renda fixa e fundos multimercado tiveram importante virada em relação ao ano passado, registrando captações líquidas positivas, enquanto as captações dos fundos de previdência foram recorde.
Ambrósio acredita que a tendência das captações em 2017 é repetir o movimento visto este ano. “A direção das reformas está correta e, à medida que o processo de reformas for se desdobrando positivamente e a taxa de juro for caindo, ainda que a questão política tenha características imponderáveis, os investidores devem tomar mais risco”, afirmou.
De acordo com comentários feitos em entrevista para jornalistas, as captações líquidas em renda fixa ficaram próximas de R$ 40 bilhões até novembro, em R$ 39,2 bilhões, em contrapartida a resgates de R$ 5,2 bilhões no ano de 2015.
Na categoria multimercado, as captações somaram R$ 11,4 bilhões até novembro, revertendo os números do ano passado, quando foram registrados resgates de R$ 28,8 bilhões.
Os fundos de previdência tiveram captação líquida recorde de R$ 38 bilhões até novembro, superando as captações de R$ 32,3 bilhões de 2015. Segundo Ambrósio, o movimento se deve ao entendimento de um número maior de pessoas sobre a necessidade da previdência.
As captações líquidas na categoria ações ficaram negativas em R$ 4,4 bilhões, reduzindo os resgates do ano passado, que atingiram R$ 16,4 bilhões. Ambrósio ressaltou que a queda nos resgates este ano é positiva, mostrando tendência de recuperação.