A captação líquida (diferença entre depósitos e saques)) dos fundos de investimento somou R$ 20,7 bilhões em fevereiro, o maior volume para o mês desde o início da série histórica, em 2002, segundo divulgou nesta sexta-feira, 10, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Com isso, a indústria de fundos acumula R$ 61,1 bilhões de ingresso líquido no primeiro bimestre.
Os fundos de renda fixa registraram captação líquida de R$ 10,1 bilhões em fevereiro. A única classe que anotou saída líquida foi a cambial, de R$ 47,7 milhões.
Em termos de rentabilidade, os fundos de ações do tipo Small Caps registraram ganho de 5,09% em fevereiro, acumulando a maior valorização da indústria para o bimestre, de 15,31%, enquanto o tipo Ações Indexados teve alta de 10,51%.
Ofertas de ações
As ofertas de ações realizadas em janeiro e fevereiro deste ano somaram R$ 5,6 bilhões, o maior volume para o período desde 2007, quando as operações de renda variável somaram R$ 7,1 bilhões, segundo dados da Anbima.
Ao todo foram três operações: a oferta subseqüente (follow on) da CCR, de R$ 4 bilhões, e duas ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), a da Movida Participações (R$ 645,2 milhões) e a do Instituto Hermes Pardini (R$ 877,7 milhões). Nesse intervalo, no entanto, a Unidas, cancelou seu IPO depois de não encontrar demanda de investidores.
Já as ofertas de títulos de renda fixa no mercado internacional permaneceram na liderança das captações das companhias brasileiras, segundo a entidade. Em fevereiro, as operações externas somaram US$ 2,5 bilhões e começaram pela captação da Embraer, de US$ 750 milhões com a emissão de um título de 10,1 anos de prazo. Na sequência, Vale e Rumo levantaram US$ 1 bilhão e US$ 750 milhões, respectivamente. No bimestre essas operações somaram R$ 7,7 bilhões. Outra emissão externa foi realizada pela Petrobras, em janeiro.