Capacidade instalada deve crescer 14,6% em 2010

A capacidade instalada da indústria de transformação para 2010 deve avançar em média 14,6% neste ano, o maior porcentual de expansão dos últimos oito anos. A informação consta da Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e calculada com base em dados coletados nos meses de janeiro e fevereiro.

De acordo com o mesmo levantamento, para o triênio 2010-2012 a expansão de capacidade projetada da indústria da transformação será de 23,8% – superior à prevista no ano passado para o triênio 2009-2011, que havia sido de 21,2%, mas inferior à projeção feita em 2008 para o período de três anos, que foi de 25,1%.

Ainda segundo a fundação, entre as categorias de uso, o setor de bens de consumo é destaque em 2010, com previsões de expansão de 16,0% em sua capacidade instalada para este ano, a mais forte elevação para este segmento dos últimos cinco anos. A FGV apurou ainda que os setores de bens de capital e de bens intermediários vêm a seguir, com previsões de expansão na capacidade em média de 15,4% e 13,8% para este ano, respectivamente.

A FGV informou ainda que, no período de 2010 a 2012, a maior taxa média de investimentos em capacidade de produção também se verifica no setor de bens de consumo, com alta de 27,1% para o período. Neste triênio, especificamente, a expansão na capacidade instalada de bens de capital foi de 25,9%. Já para bens intermediários, a previsão é de expansão de 21,7% na capacidade instalada para o período. O levantamento da instituição ouviu 723 empresas, entre os dias 4 de janeiro e 26 de fevereiro.

Demanda interna

O bom desempenho da demanda interna levou às perspectivas otimistas da indústria da transformação para 2010, ano em que os empresários apostam em um avanço expressivo de investimentos na capacidade instalada.

Segundo o levantamento, 64% dos pesquisados citaram o nível de demanda interna como influência positiva para a realização de investimentos. A avaliação sobre a demanda externa também está melhorando, mas em um ritmo muito mais lento que as avaliações sobre a demanda doméstica.

A FGV informou ainda que as condições de financiamento foram classificadas como uma influência positiva em 2010 por 42% das empresas, o melhor resultado da série. Já a taxa de juros foi indicada como influência positiva por 31% do mercado e negativa por 29%.

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