A atividade industrial continuou fraca e registrou em março uma piora do uso da capacidade instalada (UCI). É o que aponta a pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta segunda-feira, 2, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Os Indicadores Industriais de março revelam pouca alteração no quadro bastante adverso da atividade industrial”, informa a CNI.

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Os dados da pesquisa apontam que o setor operou, em março, com uma média de 77,4% da capacidade instalada (UCI), o que representa uma queda de 0,3 ponto porcentual frente a fevereiro, quando a UCI atingiu 77,7%, na série dessazonalizada. “Com isso, a utilização reverteu parte do crescimento observado no mês anterior e se mantém praticamente no piso da série”, destaca a pesquisa. A UCI está 2,7 ponto porcentual abaixo da observada em março de 2015 (80,1%).

Após dois aumentos consecutivos, o faturamento na indústria registrou queda de 1,2% em março na comparação com fevereiro, na série dessazonalizada. Na comparação com março do ano passado, o faturamento apresentou um recuo de 14,5%.

O emprego permanece em uma longa trajetória de baixa, que já alcança 14 meses consecutivos. Houve queda de 0,6% no mês passado ante fevereiro. Em relação a março do ano passado, o recuo é de 9,2%.

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As horas trabalhadas, por sua vez, tiveram leve alta no mês em relação a fevereiro (+0,2%). Mas acumularam queda de 9,9% na comparação com março de 2015.

A massa salarial real caiu 0,3% no mês e o rendimento médio subiu 0,2% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2015, houve quedas de 10,0% na massa salarial e de 0,9% no rendimento médio.

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Trimestre

Todos os indicadores tiveram forte queda nos três primeiros meses do ano frente ao primeiro trimestre de 2015. Enquanto o faturamento recuou 13,2% e as horas trabalhadas tiveram retração de 10,5%, o emprego caiu 9,3% nesta base de comparação. A massa salarial ficou 10,7% inferior e o rendimento médio dos trabalhadores, 1,5% abaixo do registrado nos primeiros três meses de 2015.

De acordo com o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a comparação com os primeiros três meses de 2015 mostra o quanto a atividade industrial está desaquecida. “As perspectivas para este ano continuam de queda na atividade industrial. É necessário um esforço urgente de retomada da atividade”, destaca Castelo Branco.