As reservas de gás natural do País poderão dobrar caso se confirme estimativa de volume no campo de Libra, pré-sal da bacia de Santos. O presidente da Pré-Sal Petróleo (PPSA), Oswaldo Pedrosa, afirmou hoje que o volume total de gás estimado no campo de Libra, na bacia de Santos, varia de 560 bilhões a 840 bilhões de metros cúbicos, sendo de 314 bilhões a 470 bilhões de metros cúbicos de gás natural.

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Atualmente, as reservas provadas de gás natural do Brasil somam 458,2 bilhões de metros cúbicos de gás natural, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com Pedrosa, 44% do volume total estimado no campo de Libra são de gás carbônico (CO2). Apesar de não ser utilizável, o CO2 tem a utilidade de potencializar a recuperação do campo de petróleo ao ser reinjetado. Inicialmente, essa deverá ser a única utilidade do gás na área.

Entre as formas outras avaliadas para se aproveitar o gás, Pedrosa afirma que uma alternativa é a colocação de um navio ao lado de uma unidade flutuante de produção e armazenamento (FPSO, em inglês) para gerar energia. “(O navio) recebe o gás e faz geração termelétrica ali, e transporta o gás através de linhas de transmissão submarinas de corrente contínua”, disse após evento no Rio de Janeiro.

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Os dois primeiros poços da área de Libra, leiloada em 2013, devem ser perfurados no segundo semestre deste ano, de acordo com o executivo. Ele acredita que o pico de produção do campo ocorrerá em meados da próxima década.

A área foi arrematada pelo consórcio formado por Petrobras, pelas chinesas CNOOC e CNPC, pela francesa Total e pela anglo-holandesa Shell.

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Pedrosa afirmou também que a PPSA trabalha atualmente em quatro processos de unitização, que devem ser resolvidos até o final do ano. O acordo – entre operadores ou entre a empresa operadora e o governo – é necessário quando um reservatório extrapola os limites do bloco concedido a uma empresa. A PPSA participa da discussão quando inclui uma área do pré-sal.

Entre os quatro processos, três são da Petrobras. O outro é o da acumulação do Gato do Mato, operado pela Shell no bloco BM-S54, hoje em fase de exploração. No caso dos processos da Petrobras, são relativos ao campo de Lula (bacia de Santos), campo de Sapinhoá (bacia de Santos) e Tartaruga Mestiça (bacia de Campos).