Enquanto o Estado de São Paulo passa por um processo de desconcentração industrial, as Regiões Administrativas (RAs) de Campinas e Sorocaba, no interior paulista, caminham na contramão e, ao lado daquelas pertencentes ao conglomerado da indústria da cana-de-açúcar, ganham espaço na produção brasileira. A afirmação consta no estudo “Onde a indústria se fortalece no Estado de São Paulo”, divulgado nesta terça-feira pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

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O levantamento mostra que, entre 2000 e 2010, as RAs de Campinas e Sorocaba, juntas, ampliaram a participação de 9,4% para 11,2% do produto industrial do País, enquanto a cota do Estado na indústria caiu de 45,1% para 42% no período. Já o produto industrial das regiões do complexo da cana passou de 5% para 5,4%.

O trabalho destaca as RAs das duas cidades como “corredor asiático”, em referência ao potencial de crescimento local. A pesquisa aponta que, ao lado do complexo da cana, esse corredor atraiu 64% dos investimentos anunciados no intervalo, de acordo com dados da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp).

Segundo o estudo, 70% dos US$ 21,5 bilhões de investimentos apresentados no eixo, entre 2000 e 2010, dizem respeito à RA de Campinas e o restante, à de Sorocaba. Os maiores valores associaram-se aos ramos automotivo, de refino de petróleo e álcool, artigos químicos, metalurgia básica, máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas, papel e celulose, madeira, itens farmacêuticos e minerais não metálicos.

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