São Paulo – A Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca (Seap) abriu nesta segunda-feira (17), em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a quarta edição da Semana do Peixe, uma campanha nacional para incentivar o consumo regular de pescado pelos brasileiros.
Segundo dados da Seap, o consumo de peixe no Brasil ainda está abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O brasileiro consome 6,8 quilos por ano, enquanto a OMS recomenda como ideal o consumo anual de 12 quilos por pessoa. A média mundial gira em torno de 16 quilos por pessoa ao ano.
Em São Paulo, a abertura da Feira Internacional de Pescados, Frutos do Mar e Tecnologia para a Indústria da Agricultura e Pesca (Seafood) marcou, na manhã de hoje, o início da Semana do Peixe. Na abertura do evento, o ministro da Pesca, Altemir Gregolin, disse que a campanha é importante para fortalecer o consumo e a produção do peixe no Brasil.
?Em parceria com as grandes redes de supermercados, nós estamos colocando a temática do consumo do pescado em todo o Brasil, ou seja, a importância do consumo do pescado para saúde, para uma vida saudável das pessoas, aumentando o consumo de pescado e ao mesmo tempo, sendo este um gancho para que possamos ampliar ainda mais a produção de pescado no Brasil?, destacou.
O ministro disse que o país tem um grande potencial em recursos hídricos, uma costa marítima extensa, milhões de hectares de lâminas d?água em reservatórios de hidrelétricas e em propriedades particulares, e pode ser um dos maiores produtores de pescado do mundo.
?O Brasil tem condições de ampliar a produção e atender, em parte, a demanda crescente do mercado mundial e também do mercado interno. De uma produção atual de um milhão de toneladas, considerando criação, cultivo e captura, nós temos condições de produzir mais de 20 milhões de toneladas?.
Segundo o ministro, o consumo de pescado no Brasil aumentou nos últimos anos. ?As grandes redes de supermercado, no ano passado, ampliaram as vendas num percentual que varia 10% a 16% em relação ao ano anterior?. Para ele, o preço do pescado ainda é um limitador para um consumo maior e regular, porque a média de preço do pescado fica acima do preço das carnes bovina e de frango. "Estamos trabalhando para estruturar melhor a cadeia produtiva, ampliar e ter regularidade na oferta, para reduzir o preço do pescado e ter preços mais acessíveis e melhor qualidade para o consumidor?, disse.
Segundo informações da Seap, durante a Semana do Peixe, um milhão de cartilhas serão distribuídas nos 26 estados e no Distrito Federal com informações para o consumidor de como identificar e consumir um peixe de qualidade.