Os caminhoneiros se preparam para fechar hoje algumas das principais rodovias do País contra o aumento do PIS/Cofins anunciado há pouco mais de uma semana pelo governo federal. O movimento está sendo organizado nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, afirma o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unican), José Araújo Silva, o China. “E, pelo que estamos vendo até agora, é um movimento bastante forte.”

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Ele explicou que não foi feito um levantamento para saber quantas rodovias serão paralisadas. Mas os profissionais do Acre e do Espírito Santo, por exemplo, já anunciaram que vão fechar as rodovias dos respectivos Estados, diz China. Na página da entidade sindical na internet, há relatos de que os caminhoneiros estão se mobilizando para interditar as BRs 158 e 070 em Barra do Garças, em Mato Grosso.

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A manifestação deverá ser estendida para as cidades de Água Boa, Nova Xavantina, Ribeirão Cascalheira e Confresa, também no Estado. A região tem uma alta concentração de caminhoneiros por causa da safra de grãos. “Sabemos que começa amanhã (terça-feira), mas não tem data para acabar”, diz China. Ele afirma que os caminhoneiros estão indignados com o aumento dos impostos sobre o óleo diesel, que representou R$ 0,46 por litro. “Imagina numa viagem longa o que significa esse aumento para o caminhoneiro. Esse aumento foi a gota d’água.”

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Manutenção

Além do aumento dos impostos sobre os combustíveis, os motoristas também reclamam da redução dos investimentos na melhoria das estradas. Com a delicada situação fiscal do País, o governo fez um corte radical nos investimentos, especialmente da área de infraestrutura. Dos R$ 36,1 bilhões previstos na Lei Orçamentária para este ano no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apenas R$ 19,7 bilhões estão disponíveis. A redução total, após dois sucessivos bloqueios, chega a 45,4%.

O setor de transportes perdeu R$ 1,1 bilhão, só no último corte. Para os caminhoneiros, a redução dos investimentos aumenta a insegurança nas estradas, já que a manutenção é reduzida, ou praticamente eliminada por falta de verba. Outra reclamação envolve a segurança pública nas rodovias, que também teria piorado. “Vamos apoiar essa manifestação, não temos como ficar em cima do muro.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.