A greve dos fiscais agropecuários do Paraná entrou no segundo dia, ontem, quando já era possível verificar os reflexos da paralisação. Em Foz do Iguaçu, no oeste do Estado, caminhoneiros realizaram um protesto na aduana revoltados com o fato de terem de ficar parados sem ter suas cargas liberadas. Os motoristas colocaram dois caminhões na saída da aduana para bloquear o local, por onde passam cerca de 100 veículos, em média, por dia.

continua após a publicidade

O diretor do Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Cascavel e Região, Jeová Pereira, afirmou que a categoria não é contra a greve dos fiscais, mas defende que eles deveriam ter avisado a população de que o movimento estava confirmado. ?Se tivermos prejuízo com a greve, vamos responsabilizar quem for preciso?, disse Pereira.

Já de acordo com o presidente da Associação dos Fiscais Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura no Paraná (Affama-PR), Clemente Martins, até agora a greve não trouxe prejuízos para nenhum setor da sociedade e 30% dos funcionários estão trabalhando. Eles pretendem manter a paralisação até sexta-feira. ?As entidades do setor agropecuário já estavam avisadas de que a greve poderia acontecer e tomaram algumas atitudes, como diminuir a entrada de caminhões na aduana de Foz, por exemplo?, comentou.

Entre as reivindicações dos fiscais está o aumento do número de trabalhadores no Paraná, a criação de uma escola para capacitação e ainda a equiparação dos salários dos fiscais agropecuários aos dos fiscais da Receita Federal. Na noite de ontem, uma reunião estava acontecendo entre a Comissão Nacional de Negociação dos Fiscais Federais Agropecuários e o secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Duvanier Ferreira. Até o fechamento dessa edição, a reunião não havia terminado. 

continua após a publicidade