Calçadistas sugerem cautela com disparada do dólar

A indústria calçadista brasileira, uma das mais prejudicadas com a série de desvalorizações do dólar, pregou cautela com a disparada da moeda norte-americana, atrelada à crise imobiliária dos Estados Unidos. No entanto, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca), Jorge Donadelli, "as empresas que puderem têm de fazer uma operação de hedge cambial (proteção contra as oscilações do dólar) para travar pelo menos parte de suas operações de exportação com o dólar na casa de R$ 2,10", disse.

De acordo com o empresário, o cenário turbulento, agravado hoje, sinaliza para uma cautela no setor industrial calçadista, já que ainda não é possível saber o limite de alta da moeda norte-americana. "Não é bom um cenário cujo dólar valia R$ 1,85 na semana passada e pode custar R$ 2,20 na semana que vem. Sempre defendemos a estabilidade para a moeda e seria bom que o dólar valesse R$ 2,10 sem que houvesse a crise como a de agora", disse o presidente do Sindifranca.

Ainda segundo o dirigente da entidade que representa as indústrias exportadoras da calçados masculinos na cidade paulista, ao mesmo tempo em que a crise traz uma valorização para o dólar, ela pode atingir o mercado consumidor, com retração nas vendas.

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