O superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Valter Nunes, afirmou hoje que a meta de 184 mil unidades do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” para o Estado de São Paulo será cumprida em 2010. No ano passado, foram contratadas 52.631 unidades, e a Caixa recebeu propostas de 117.483 unidades para o Estado, 44.327 delas para o segmento de até três salários mínimos, 38.242 para a faixa de três a seis salários mínimos e 34.914 para o segmento de seis a dez salários mínimos de renda.
“As parcerias com o governo e a prefeitura de São Paulo estão muito bem estruturadas”, afirmou Nunes. Segundo ele, a Prefeitura de São Paulo fez doação, por meio do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), de 32 áreas, o que possibilitará a produção de 4.468 mil. A licitação para a escolha das construtoras está aberta até 10 de fevereiro. A expectativa é de que as empresas apresentem projetos em até 90 dias. “Cada construtora poderá participar no máximo com cerca de 600 unidades”, disse.
Com o governo do Estado, a parceria vai ocorrer por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). “A própria CDHU está cuidando dos projetos. Estamos aguardando que ela termine e abra o processo de licitação. Estamos prevendo 13 mil unidades nessa parceria, sendo 5 mil destinadas à Capital”, disse Nunes. Ele acrescentou que, somando a produção prevista por meio das duas parcerias, serão quase 10 mil unidades para a Capital nos moldes do “Minha Casa, Minha Vida”.
A parceria com a prefeitura prevê construções nos bairros paulistas Campo Limpo, Butantã, Vila Prudente, Sapopemba, Itaquera, Penha e M’Boi Mirim. Com o governo do Estado, a parceria é para a construção de unidades no Campo Limpo, em Jabaquara, no Jaraguá, na Vila Curuçá, na Vila Maria, na Penha, em Ermelino Matarazzo e no Parque do Carmo.
Segundo o vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, onde há parcerias tem sido possível tornar viável a produção para a faixa de até três salários mínimos de renda, por exemplo, na cidade do Rio de Janeiro. Hereda admitiu que a demanda adicional gerada pela busca de terrenos para o programa contribui para as elevações de preço das áreas.
O vice-presidente da Caixa defendeu que os planos diretores das cidades incluam pontos que contribuam para a construção de moradias para a faixa de menor renda. “Não só o programa vai resolver isso”, disse.