A Caixa Econômica Federal divulgou nota hoje em que informa que será mantida a participação acionária da CaixaPar no Banco Panamericano mesmo após o aporte de R$ 2,5 bilhões feito pelo Grupo Silvio Santos. A manutenção da composição acionária havia sido antecipada pela Agência Estado na manhã desta quarta-feira. “A implementação do acordo entre os acionistas mantém inalterados os percentuais de participação da CaixaPar quando da aquisição de ações do banco, ou seja, 49% do total das ações ordinárias e 36,56% de participação no capital total do Banco Panamericano”, cita a nota distribuída à imprensa.
O texto também confirma a informação de que a Caixa passa a ter representantes na diretoria do Panamericano, além de cadeiras nos conselhos de Administração, Fiscal e de Auditoria da mesma instituição. A nota observa ainda que o aporte de R$ 2,5 bilhões feito pelo Grupo Silvio Santos assegura o equilíbrio patrimonial e amplia a liquidez operacional do Panamericano. Isso, segundo a nota, “permitiu que não houvesse qualquer tipo de prejuízo aos sócios, clientes e colaboradores do banco”.
No documento, a Caixa reafirma que a compra de metade do Panamericano no fim do ano passado foi realizada “adotando as melhores práticas de mercado”. “O Banco Fator foi contratado para prestação de serviços de consultoria especializada, que, por sua vez, contratou a KPMG para o trabalho de due diligence no Banco Panamericano. Posteriormente, a CaixaPar valeu-se dos serviços da BDO Consultores para emissão de uma segunda opinião de forma a garantir a realização do negócio”, cita o texto. Mesmo com a contratação das três entidades, vale lembrar, a Caixa não constatou nenhum problema na financeira de Silvio Santos.
“Com as providências tomadas pelo grupo controlador, a Caixa Econômica Federal reafirma a importância estratégica desta parceria, a qual proporcionará a ampliação da sua base de clientes, em razão da capacidade de relacionamento do Banco Panamericano com seus mais de 20 mil canais de venda e suas 200 lojas próprias, permitindo, assim, o aumento da capacidade operacional de geração de crédito e a implementação de um modelo de negócio aderente aos objetivos e às políticas de mercado da Caixa”, cita o texto.