A Caixa Econômica Federal voltou a liderar, pelo segundo mês consecutivo, a lista do Banco Central de instituições que receberam o maior volume de reclamações de usuários de seu serviço em relação ao total de clientes. Até então, desde que o BC reformulou a metodologia, o BMG se posicionava na primeira colocação, mas saiu do rol, que considera apenas casas com mais de 2 milhões de clientes, porque sua carteira diminuiu nos últimos meses.

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De dezembro para janeiro aumentou o índice da instituição estatal de 10,84 pontos para 12,78 pontos, de acordo com o ranking do BC. A Caixa, que tem pouco mais de 74,5 milhões de clientes, recebeu 953 críticas no mês passado consideradas procedentes pela autarquia. Em novembro, a instituição estava na terceira posição, com 8,42 pontos. Todas as instituições são avaliadas pelo BC pelo seu conglomerado.

A maior quantidade de queixas contra a Caixa voltou a ser no quesito “irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços”. O segundo ponto que mais deixou os clientes irritados foi o débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente.

A segunda instituição entre as que possuem mais clientes com o maior índice em janeiro, de 10,99 pontos, foi o HSBC. O banco de origem inglesa, que tem quase 10,2 milhões de clientes, aparecia na quarta posição no mês anterior. Já o Santander continuou na terceira posição de dezembro de 2014 para o mês passado. O banco espanhol recebeu “nota” 7,44, menor do que a 9,54 vista na edição anterior. Houve 234 queixas consideradas procedentes pelo BC. O volume de clientes da instituição no mês passado era de 31,4 milhões.

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Na quarta posição ficou o Bradesco, com índice de 7,22 e 541 críticas – o banco detém 74,9 milhões de clientes. A instituição estava na quinta posição em dezembro. Já o Banrisul, que possui quase 3,9 milhões de clientes, ocupou o quinto lugar, com 25 pontos. Isso levou o índice da instituição a 6,42 pontos em janeiro.

BMG

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O BMG deixou de fazer parte do ranking principal do BC porque, pelo novo método da autarquia, usado desde julho do ano passado, apenas são avaliadas instituições que possuem mais de dois milhões de clientes – até então, a amostragem era de 1 milhão de clientes. O índice de cada instituição é formado a partir do volume das reclamações, que é dividido pelo número de clientes e multiplicado por 1 milhão. Antes, a multiplicação era por 100 mil. O BMG agora foi para o ranking das instituições com menos de 2 milhões de clientes. Lá, ele está em sexto lugar.

Além do volume de clientes e da inclusão de financeiras, a ampliação da base de clientes de cada instituição ou conglomerado foi alvo de mudança metodológica feita pela autarquia a partir de julho. Até então, apenas os que faziam operações de depósitos com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) eram contabilizados. Agora, outras operações de depósitos também podem entrar na apuração, como as de consumidores que fazem empréstimos ou investimentos em um banco mesmo sem ter conta na casa.