Brasília – A Caixa Econômica Federal quer ter cara nova no ano que vem. Segundo seu presidente, Jorge Mattoso, a instituição quer deixar de ser conhecida exclusivamente como o banco da população de baixa renda e do financiamento da casa própria. Para isso, pretende abocanhar o segmento da classe média e alta com o lançamento de novos produtos. Até a velha caderneta de poupança poderá estar de roupa nova.
Apesar de ter crescido a participação do mercado enquanto todo mundo perdeu, a Caixa quer incentivar a permanência dos depósitos por um período maior, dando algum tipo de vantagem para quem deixar o dinheiro aplicado por mais tempo.
No passado, para incentivar a poupança, a Caixa instituiu sorteios pela loteria federal para os seus poupadores. A iniciativa foi seguida por outros bancos. Mattoso não quis detalhar a idéia em estudo para estimular a caderneta, mas disse que para entrar em vigor ela tem de ser aprovada pelo Ministério da Fazenda.
Pelos dados da Caixa, os depósitos em poupança foram positivos no primeiro semestre de 2003 alcançando, até setembro, R$ 991,31 milhões, o que fez com que a participação da instituição no mercado passasse de 30,06% (posição de dezembro de 2002) para 31,18% (setembro de 2003). No mesmo período as demais instituições financeiras perderam depósitos nesse tipo de aplicação no valor de R$ 2,38 bilhões.