Na contramão

Cai o nível de emprego na indústria do Paraná

O emprego na indústria do Paraná teve queda de 1,4% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. A taxa foi uma das que mais influenciaram negativamente no índice nacional, que, ao contrário do paranaense, ficou positivo em 0,7%.

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou o setor de alimentos e bebidas, no qual a queda foi de 4,3%, como o principal responsável pela redução nas contratações, no Estado.

De acordo com a pesquisa, o Paraná ficou entre os cinco dos 14 locais pesquisados onde houve queda no indicador do emprego industrial, em fevereiro. No acumulado do primeiro bimestre do ano, o IBGE também detectou queda no índice paranaense (-2%) e em mais cinco locais.

A taxa só não é pior que a de Minas Gerais (-2,9%). Nos últimos 12 meses, também há queda, de 6,2%. Nesse caso, porém, apenas um local pesquisado teve avanço: o Ceará, com 1,3%.

Além da indústria de alimentos e bebidas, as principais contribuições para a taxa negativa paranaense em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, vieram dos setores da madeira, que teve queda de 11,45%, e de fabricação de outros produtos da indústria de transformação, no qual a redução foi de 9,35%.

Por outro lado, os setores de máquinas e equipamentos (sem contar os elétricos, eletrônicos, de precisão e de comunicação) e de produtos químicos tiveram as principais influências positivas, com taxas de 9,5% e 10,6%, respectivamente.

No bimestre, os setores que mais contribuíram, positiva e negativamente, são os mesmos. A indústria madeireira tem queda, no período, de 13% na comparação com os dois primeiros meses de 2009. Nos alimentos e bebidas, a retração no emprego é de 4,3%. Já os setores de máquinas e equipamentos (8,35%) e produtos químicos (10,8%) foram os que mais ajudaram a puxar o índice bimestral para cima.

Folha

Se o nível de emprego foi menor na indústria paranaense, no início do ano, ao menos a folha de pagamento real (em que são descontados os efeitos da inflação) cresceu, tanto em fevereiro, como nos dois primeiros meses de 2010, ante os mesmos períodos do ano passado.

No segundo mês do ano, o crescimento foi de 3,4% (no País, 2,8%), e no primeiro bimestre, o avanço foi de 5,3% (2,3% na taxa nacional). No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, há queda, de 0,9%, na comparação com igual período imediatamente anterior. Mas a retração é menor que a média brasileira, de -2,5%.

O número de horas pagas também aumentou: 0,9% em fevereiro e 0,2% no primeiro bimestre. Nos últimos 12 meses, a queda é de 5%. Os índices nacionais ficaram, respectivamente, em 1,6%, 0,7%, e -4,8%.

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