São Paulo (AE) – O volume de falências e concordatas diminuiu no Brasil no primeiro semestre de 2005, em relação aos primeiros seis meses do ano passado, conforme levantamento divulgado ontem pela Serasa. As falências decretadas caíram 8,4%, enquanto as requeridas recuaram 28,1%. As concordatas requeridas e deferidas apresentaram, na mesma comparação, reduções de 14,4% e 23%, respectivamente.
Segundo análise da Serasa, a queda do volume de falências e concordatas no período foi reflexo da recuperação da atividade econômica verificada ainda no ano passado. A companhia destacou que a decretação da falência de uma empresa normalmente é motivada pelo agravamento de problemas de inadimplência, que, a médio e longo prazos, se transformam em insolvência. Desta maneira, os efeitos da conjuntura econômica sobre a decretação de falência apresentam ?certa defasagem?.
Em junho de 2005 o cenário das falências e concordatas foi diferente do verificado no primeiro semestre. Na comparação com junho de 2004, as falências decretadas aumentaram 4,3%, as concordatas requeridas cresceram 31,7% e as concordatas deferidas subiram 18,4%. A exceção ficou por conta das falências requeridas, que caíram 29%.
De acordo com a Serasa, é possível que o crescimento do volume de concordatas requeridas no mês passado esteja relacionado à entrada em vigor, no dia 9 de junho, da Nova Lei de Falências, que privilegia a recuperação da empresa. Para a companhia de análise de crédito, a aproximação do início da vigência da nova lei pode ter incentivado algumas empresas no requerimento de concordata, para assegurar a possibilidade de que a tramitação ocorresse segundo o antigo regime.