economia

CAE aprova Cordeiro para superintendente do Cade e Polyanna como conselheira

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 17, as indicações de Alexandre Cordeiro para superintendente e de Polyanna Vilanova para conselheira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A sabatina durou cerca de uma hora e poucos senadores fizeram perguntas, com temas como a elevada participação da JBS no mercado de frigoríficos, a fusão da Bayer e da Monsanto, a discussão sobre a competência do Cade e do Banco Central para análises na área de instituições financeiras e a metodologia de cálculo das multas aplicadas pelo conselho.

Sobre a concentração de mercado elevada da JBS, Cordeiro lembrou que a maioria das fusões e aquisições do grupo foram julgadas pelo Cade antes da nova lei da concorrência, de 2012, quando a análise era feita depois de a operação já concretizada. “Ficava mais difícil mandar separar as empresas com a operação já feita há dois, três anos”, afirmou.

Para Cordeiro, depois da nova lei, que determinou que as fusões sejam analisadas previamente, antes de as duas empresas juntarem as operações, a postura do Cade em relação aos negócios da JBS ficou mais dura. “O Cade teve outra postura em relação a isso, como é o caso da JBS/Rodopa em que o conselho impôs restrições e JBJ/Mataboi, que teve parecer da superintendência pela reprovação da operação”, afirmou.

Sobre a fusão Bayer/Monsanto, Cordeiro ressaltou que a operação gerou preocupações no mundo inteiro, inclusive no Brasil, e foi declarada complexa pelo Cade, o que significa que terá que ser avaliada pelo tribunal do conselho. “O Cade tem que tomar um cuidado excessivo com essa operação porque envolve um setor de extrema relevância para o Brasil, que mexe com a alimentação do povo”, afirmou.

Ele lembrou que a legislação prevê que os atos de concentração devem ser proibidos quando aumentar ou criar posição dominante, o que seria o caso da Bayer/Monsanto, mas que isso é excetuado quando houver benefícios que possam ser repassados para o consumidor.

Polyanna disse que o caso deve ser analisado com “muito afinco” pelo Cade. “Compartilho a preocupação, o monopólio é claro. Dependendo da formatação de mercado, os benefícios serão muito mais fracos do que os malefícios”, completou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo