O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, avalia que a Central de Risco de Crédito (SCR) e a conclusão da regulação do cadastro positivo vão reduzir a assimetria de informações entre credores e tomadores de financiamentos.

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“No âmbito do Banco Central, fortalecemos outro importante instrumento: a Central de Risco de Crédito (SCR). Agora ela abrange 99% do montante de crédito existente no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. E o registro individual de cada operação conta com mais informações, como o faturamento da pessoa jurídica ou renda da pessoa física, detalhamento da garantia e registro de eventual cessão do crédito”, afirmou o presidente do BC.

“No campo regulatório, some-se ao SCR, a conclusão da regulamentação do cadastro positivo, abrindo espaço para que empresas privadas aperfeiçoem os cadastros existentes ou mesmos novos bancos de dados sejam constituídos”, acrescentou. “Para o mercado, o novo SCR e o desenvolvimento dos cadastros positivos constituem-se em poderosos instrumentos de informação relevantes à tomada de decisões creditícias, que irão contribuir para reduzir a assimetria de informações entre credores e tomadores e aumentar a eficiência do mercado de crédito.”

Segundo o presidente do BC, tais instrumentos são ainda mais relevantes para os pequenos e médios bancos que, por limitações naturais de escala, podem buscar, no SCR e nos cadastros positivos, “acesso a informações necessárias à realização de seus negócios com maior segurança”.

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Ele fez os comentários em cerimônia de comemoração aos 30 anos da Associação Brasileira de Bancos (ABBC). No discurso, Tombini não fez menção direta a indicadores macroeconômicos, como inflação, Produto Interno Bruto (PIB) e taxa de desemprego.