Cadastro para rastrear a carne bovina

O Paraná é o primeiro Estado a pedir ao Ministério da Agricultura credenciamento para cadastrar propriedades e fazer a rastreabilidade de bovídeos. O programa de rastreabilidade da carne bovina, a ser desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, foi apresentado esta semana ao ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes.

A princípio, o credenciamento de propriedades seria realizado somente por empresas privadas. “Agora, nossa proposta é agir em parceria com sociedades rurais e federações da agricultura para atuar principalmente nas pequenas propriedades”, explica o secretário da Agricultura, Deni Schwartz.

Uma lei federal exige que todas as propriedades com bovídeos estejam cadastradas até 2005. A Secretaria da Agricultura espera começar os trabalhos até novembro deste ano, quando o Ministério da Agricultura já deverá ter definido as regras do credenciamento.

“É necessário o engajamento de todos os estados para que o País possa se aplicar às exigências de exportação dos países de primeiro mundo”, acrescenta Deni. Segundo ele, há empresas particulares credenciadas para fazer a rastreabilidade, mas o produtor deve verificar se elas estão realmente cadastradas no Ministério da Agricultura. “Há casos de empresas oferecendo serviços não-oficiais”, alerta.

Deni lembra que o Paraná é pioneiro na rastreabilidade do gado de corte. Desde o final de 2000, pecuaristas de Guarapuava, na região Centro-Sul, já realizam o trabalho em suas propriedades, preocupados em agregar mais qualidade ao seu produto.

A rastreabilidade prevê o monitoramento do animal, desde o nascimento até o abate. “É como se cada animal tivesse uma espécie de documento de identidade, contendo as informações sobre raça, nascimento, peso e propriedade a que pertence”, diz Deni. O objetivo é garantir a qualidade da carne que chega à mesa do consumidor e o aumento das exportações.

Além disso, informa o secretário, o programa vai gerar emprego e renda, além de garantir ao produtor um melhor gerenciamento e controle de sua propriedade. Outro benefício da rastreabilidade é a sanidade, já que a identificação do gado facilita o trabalho de localização e abate de animais clandestinos que possam entrar pelas fronteiras do Estado.

O Paraná detém o sétimo maior rebanho do Brasil, com 9,7 milhões de bovídeos distribuídos em mais de 210 mil propriedades. O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo, com 166 milhões de cabeças.

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