Busca do consumidor cai 9% em setembro

A procura por crédito pelos consumidores registrou queda de 9% em setembro, na relação com o mesmo mês de 2011, segundo dados do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado hoje.

Na relação com agosto deste ano, o recuo foi maior, de 16,5%. Esta queda interrompe uma trajetória de duas altas nos meses de agosto e julho.

No acumulado de janeiro a setembro de 2012, a demanda do consumidor por crédito foi 5,9% inferior ao mesmo período do ano passado.
Segundo análise dos economistas da Serasa Experian, o resultado de setembro foi impactado pelo mês ter tido menos dias úteis (19 dias úteis ante 23 dias úteis de agosto e 21 dias úteis em relação a setembro de 2011).

Eliminando a diferença no número de dias, a média diária (por número de dias úteis) de consumidores que buscaram crédito em setembro foi 1,1% superior a de agosto e 0,6% mais alta que a de setembro de 2011.

De acordo com a Serasa, essa situação “revela que o consumidor está gradativamente retornando ao mercado de crédito tendo em vista as reduções das taxas de juros, o recuo gradual da inadimplência e a manutenção de taxas de desemprego historicamente baixas”.

Regiões

Na análise da demanda por região, verificou-se que o Nordeste teve a maior queda, de 17,6% em relação a agosto; na relação com setembro de 2011, houve recuo de 2,4%.

A região Sudeste registrou recuo de 16,8%(ante agosto) e decréscimo de 11,8%, ante setembro do ano passado.

O Centro-Oeste registrou queda de 16,7%, ante agosto, e recuo de 9,5% na comparação com 2011.

Já as menores quedas, na comparação com agosto, ocorreram nas regiões Norte (15,5%) e Sul (14,5%). Na relação com setembro de 2011, a região Norte teve alta de 0,5%, enquanto no Sul houve recuo de 9,1%.

Renda

O declínio da demanda dos consumidores por crédito em setembro foi, por faixa de renda, bastante semelhante ao de agosto, indo de 16,2% para consumidores que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês e entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, até 16,7% para os consumidores que ganham entre R$ 1.000 e R$ 2.000 mensais.

Segundo a Serasa, neste ano, em razão do impacto do aumento do salário-mínimo, apenas a camada de renda mais baixa da população (com rendimentos até R$ 500 mensais) está registrando crescimento da sua procura por crédito: alta de 2,5% no acumulado de janeiro a setembro ante o mesmo período do ano passado.

Todas as demais faixas de renda continuam registrando quedas neste mesmo critério de comparação indo desde queda de 6,8% (consumidores que ganham entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês e consumidores que recebem mais de R$ 10.000 mensais) até baixa de 7,5% (consumidores com renda mensal compreendida entre R$ 2.000 e R$ 5.000).

O indicador da demanda do consumidor por crédito é elaborado mensalmente a partir de uma amostra de CPFs consultados na base de dados da Serasa Experian. As análises dos CPFs consultados, especificamente em transações de crédito, é transformada em número-índice, com base de 100 pontos. O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal.

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