A Bulgária deve recorrer ao mercado de títulos – e não ao Fundo Monetário Internacional (FMI) – para conseguir suprir sua necessidade de financiamento externo, afirmou o ministro de Finanças do país, Simeon Djankov.
“A necessidade da Bulgária de obter um empréstimo do FMI está diminuindo. Pelo lado dos gastos e pelo lado dos preços, os Eurobonds estão começando a parecer promissores”, afirmou Djankov, acrescentando que o país estuda seriamente a possibilidade de emitir títulos no início do ano que vem.
Segundo ele, o volume e a data de vencimento dos papéis seriam determinados após a conclusão das discussões sobre o orçamento búlgaro, em novembro. Djankov, que já foi economista-chefe do Banco Mundial, disse que a decisão de buscar uma alternativa ao financiamento do FMI era mais prática, levando em consideração que a Bulgária não possui os requisitos necessários para conseguir a chamada linha de crédito flexível – que disponibiliza o empréstimo sem a contrapartida da aplicação das regras do FMI para as políticas econômicas.
“Eu não considerei esta opção porque sei que a Bulgária não se qualificaria”, afirmou o ministro. O Produto Interno Bruto (PIB) do país – membro mais pobre da União Europeia (UE) – encolheu 4,9% no segundo trimestre e o desemprego está crescendo.
No entanto, Djankov estima que a economia deve voltar a crescer ainda no primeiro semestre de 2010 e que a Bulgária poderá requisitar formalmente a participação no ERM2 – mecanismo de câmbio que serve como uma antessala para a adoção do euro – em breve.
“Eu tive discussões detalhadas com outros ministros da zona do euro sobre qual a melhor maneira de entrar no ERM2. Nos inscreveremos em breve.” As informações são da Dow Jones.
