BTG Pactual já enxerga fim do ciclo de alta dos juros

O CEO do BTG Pactual, André Esteves, disse nesta terça-feira, 14, que o Brasil vive o fim do ciclo de alta dos juros e que a política monetária deve se manter vigilante, mas tem de ficar atenta para não limitar o crescimento da economia do País. “O Banco Central tem de estar vigilante nas ondas secundárias de inflação”, afirmou durante o Summit Imobiliário 2015, promovido pelo Estadão e pelo Secovi SP.

Esteves afirmou que mesmo que a autoridade monetária eleve a taxa básica de juros a 19% ao ano, não seria capaz de trazer o IPCA para dentro da banda da meta, ou seja, abaixo do 6,5% em 2015. “Acredito que o BC deveria reduzir o ritmo de alta e subir a Selic em 0,25 ponto porcentual (p.p) na próxima reunião”, afirmou.

Esteves ponderou ainda que o BC deve se preocupar em não “errar a mão”. “A economia está muito fraca, eu faria mais uma ou duas altas de 0,25 p.p., pois se errar a mão nos juros, vamos entrar em zona de mais custos”, estimou. Para o especialista, a melhor atitude da autoridade monetária seria reduzir o ritmo de alta e deixar aberta a possibilidade de prolongar o ciclo de aperto monetário.

Sobre os motivos que levaram o BC a elevar a taxa Selic, Esteves apontou o congelamento de tarifas como uma das causas. “O ‘pseudocongelamento’ de preços é característica econômica mais explícita do populismo americano”, alertou.

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