Brasil, China, Índia e Rússia, países que formam o bloco Bric, deixarão de ser destaques mundiais de crescimento econômico. Embora a China ainda mantenha crescimento elevado, países da África, como Gana e Nigéria, do Leste Europeu, como Polônia e Turquia, e do sudeste asiático, como Filipinas e Indonésia, serão nos próximos anos as novas “estrelas de crescimento global”. A projeção integra um estudo divulgado nesta terça-feira pela consultoria Global Economics, que tem escritórios no Canadá, Cingapura e Londres.
Para os economistas da Global Economics, ao contrário do ciclo anterior, quando o crescimento de muitos países, como o Brasil, foi puxado pela exportação de commodities, a tendência agora é que o destaque fique com mercados menores da periferia da Europa e sudeste asiático e que a expansão da economia venha principalmente da indústria.
No caso da África, o crescimento deve ficar acima de 5% ao ano sem muito esforço, com países como Quênia, Gana a Nigéria mantendo disciplina fiscal e monetária e abrindo a economia para investimentos e comércio externo, aponta o estudo.
Na América Latina, o destaque econômico deve ficar com o México, que deve ultrapassar o Brasil em termos de crescimento. Com reformas em setores importantes da economia e recuperação do mercado dos Estados Unidos, o México deve registrar uma das maiores taxas de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) na América Latina nos próximos anos, segundo a Global Economics.