O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul BRDE registrou um total de 6.876 operações de financiamento contratadas em 2007, que atingiram R$ 1,115 bilhão. O valor, 11,4% maior ao alcançado no ano anterior, é uma cifra histórica em 46 anos de atividades da instituição.
A expectativa é que, após o período de maturação, os empreendimentos gerem aos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul uma receita adicional de ICMS da ordem de R$ 176 milhões. Os números constam do balanço anual do banco, publicado hoje.
As liberações de recursos, etapa posterior à contratação dos financiamentos, totalizaram R$ 1,010 bilhão, com crescimento de 19,8% em relação a 2006. ?Os dados evidenciam a face social de uma instituição financeira como o BRDE, criado em 1961, como instrumento para promover a industrialização do Sul do País, e servir de alternativa à concentração de recursos na região Sudeste?, diz o presidente do Banco, Renato Vianna.
O setor que mais buscou crédito foi a indústria, com R$ 508,63 milhões, seguida pela agropecuária, com R$ 345,84 milhões, comércio e serviços (R$ 159,75 milhões) e infra-estrutura (R$ 101,13 milhões). ?Sem dúvida, o grande destaque do ano foi a retomada da liderança do setor industrial na demanda por crédito, que respondeu por 46% do total de contratações?, salienta Vianna.
O BRDE encerrou 2007 com 42.143 clientes ativos, de 1.034 municípios, o que corresponde a 87% do total de cidades da região Sul.
O resultado líquido apurado no exercício foi de R$ 83,14 milhões e os ativos totais chegaram a R$ 5,02 bilhões, sendo R$ 3,6 bilhões referentes a operações de crédito. Nos últimos cinco anos, os ativos cresceram 141%, e as operações, 145%, diante de uma inflação acumulada de 34% no período. O patrimônio líquido alcançou R$ 930,44 milhões, ante R$ 834,86 milhões em 2006, o que representa uma variação positiva de 11,4%.