Foto: João de Noronha/O Estado
Carlos Marés: apoio ajuda na formalização dos empregos.

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) já liberou R$ 3,4 milhões para microempresas do Paraná em 2006. De acordo com a agência de Curitiba, 24 operações foram contratadas até o mês de setembro. Isso permitiu a geração de 102 empregos diretos. O estoque de processos ainda guarda pedidos de financiamento que totalizam R$ 5 milhões.

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No ano passado, o BRDE fechou o balanço com 53 operações contratadas. Foram liberados R$ 4,9 milhões para as microempresas. Os investimentos geraram 150 empregos. ?Dar apoio à microempresa ajuda a tirar trabalhadores da informalidade?, observa o diretor-presidente do banco, Carlos Marés. ?Basta conferir os dados oficiais?.

O diretor-presidente do BRDE lembra que de cada 10 empregos com carteira assinada gerados entre janeiro e agosto no Paraná, seis foram criados por microempresas. O levantamento é da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, baseado em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

O apoio do BRDE ao setor reforça a política fiscal do governo do Paraná. De 2003 para cá, 132 mil microempresas ficaram isentas do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e mais 35 mil pequenos estabelecimentos tiveram a alíquota reduzida. No total, 167 mil das mais de 200 mil empresas em atividade no estado foram beneficiadas pela política fiscal paranaense.

Exemplo

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Os casos de microempresas que recebem recursos viabilizados pelo BRDE se espalham tanto por Curitiba quanto pelo interior. Em Marilândia do Sul, na região norte, a professora aposentada Lúcia Rodrigues dos Santos conseguiu R$ 35 mil para reformar e ampliar sua loja de roupas e presentes. ?Teria sido impossível sem a verba e o carinho dos técnicos do banco?, admite ela.

A antiga lojinha de madeira, condenada pela ação dos cupins, agora funciona em um espaçoso prédio de alvenaria com dois pisos. Antes, eram duas funcionárias. Hoje, são quatro – e mais duas vendedoras devem ser contratadas em regime temporário para reforçar o atendimento neste fim de ano. ?Vamos vender até eletrodomésticos?, comemora Lúcia, feliz com a nova seção da loja.

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A microempresária obteve financiamento com um ano de carência e quatro anos para pagar (TJLP + 5% ao ano). Se depender do movimento na loja, não haverá problemas de inadimplência. ?O número de clientes dobrou e já está difícil arrumar tempo para ir almoçar?, revela Lúcia, uma paulista de Ribeirão Preto que há 50 anos vive em Marilândia do Sul. (AEN)