Brasil volta a atrair capital estrangeiro

Rio – O Brasil está melhorando gradativamente de posição nos rankings de destino das intenções e anúncios de investimentos estrangeiros. Depois de perder espaço no ano passado por conta da instabilidade econômica, o País recuperou colocações. A análise foi feita com base em estudos de consultorias internacionais pela Investe Brasil. A agência de fomento projeta que o investimento direto estrangeiro (IED) fechará 2003 abaixo dos cerca de US$ 17 bilhões do ano passado, mas se aproximará deste nível no ano que vem.

“O País está melhorando aos olhos do investidor internacional. Ele observa a macroeconomia. Se os indicadores melhoram, o país melhora de posição”, avalia o diretor de Marketing da Investe Brasil, Clementino Fraga Neto. Para ele, o IED para este ano deverá ficar entre US$ 9 bilhões e US$ 10 bilhões. Depois de recuar em 2003, na comparação com o ano passado, deverá avançar entre 40% e 50% no ano que vem.

A agência informa que participa da análise de 27 projetos que somam US$ 2,831 bilhões, caso saiam do papel. O cenário traçado pela agência se baseou nos levantamentos realizados pelas consultorias AT Kearney, IBM Business Consulting e LOCOmonitor. Fraga Neto explica que o Brasil voltou à lista dos dez países mais atraentes para investimento, segundo a AT Kearney, depois de ficar na 13.ª colocação em 2002. Há dois anos, contudo, o País estava entre os cinco maiores. No caso da IBM Business, que leva em conta anúncios de investimentos, o País aparece dentre os dez maiores destinos de investimento estrangeiro.

Pelos números da LOCOmonitor, informa Clementino Fraga, os mercados do Brasil e da Austrália registraram o maior aumento de projetos de investimentos, “alcançando os mais altos níveis para 2003”, conforme relatório da consultoria. O mesmo relatório informa que países como Colômbia, México, Hungria, Reino Unido e Estados Unidos também experimentaram grandes crescimentos. Houve queda de projetos na Croácia, Japão e Polônia.

O mesmo levantamento mensal demonstra que de março a agosto a China aparece sistematicamente como principal destino dos investimentos diretos no mundo, enquanto os Estados Unidos figuram como o principal origem do IED. “O grande fluxo de investimentos é entre os dois países”, comenta o diretor da Investe Brasil. Fraga Neto destaca que os investimentos diretos estrangeiros para o País cresceram em agosto (11%) pela segunda vez seguida sobre o mês anterior, mas no acumulado do ano o total (US$ 5,727 bilhões) está 50% inferior ao valor no mesmo período do ano passado (US$ 11,429 bilhões).

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