Brasil vai construir usina nuclear Angra 3

Foto: Agência Brasil

Ministro Silas Rondeau: adequação da legislação.

Brasília – A usina nuclear de Angra 3 será construída, afirmou ontem o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. ?A questão é definir quando?, disse durante seminário sobre energias renováveis promovido pela Câmara dos Deputado. A decisão final sobre a construção de Angra 3 deverá ser tomada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que deverá reunir-se em junho.

O tema divide o governo. Além de Rondeau, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, são a favor do projeto. Há, porém, oposição da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O CNPE também poderá discutir o dilema entre a construção de novas usinas hidrelétricas e a proteção ao meio ambiente.

O ministro lembrou que para tomar a decisão sobre Angra 3 será necessário adequar a legislação do setor elétrico de forma a definir como será vendida a energia produzida pela usina. Ele ressaltou que as usinas nucleares de Angra 1 e 2 foram construídas numa época em que o modelo era totalmente estatal.

Angra 3, por ser uma usina nuclear, terá de ser construída pelo governo. A questão pendente é como a energia dela será ofertada. ?Não pode ser por leilão, pois é uma obra do governo. Então temos de adequar a legislação.?

Questionado se o BNDES financiaria parte da construção de Angra 3, o ministro respondeu que não sabe, mas presume que sim.

Biodiesel

Rondeau anunciou também que, desde o fim de abril, o Brasil já tem capacidade instalada para produzir a quantidade necessária de biodiesel para garantir a mistura de 2% em todo o diesel comercializado no País. Essa exigência entrará em vigor no ano que vem.

A capacidade total do País foi ultrapassada com segurança com a autorização, em 30 de abril, para que a usina da Brasil Ecodiesel, em São Luiz, entre em operação. Essa usina tem, sozinha, capacidade para produzir 108 milhões de litros de biodiesel por ano. Com isso, a capacidade total do País chega a 962 milhões de litros por ano, ultrapassando com folga os 840 milhões de litros por ano, necessários para que a mistura de 2% possa ser implementada a partir de 2008.

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