Um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia que o País poderá receber aproximadamente R$ 4,07 trilhões em investimentos entre 2014 e 2017. O volume de recursos será aplicado principalmente nas áreas de petróleo e gás, energia, infraestrutura e mobilidade urbana, segundo o levantamento realizado pela Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do banco. O volume é 28% maior do que os investimentos feitos entre 2009 e 2012.
No estudo anterior, a previsão era de investimentos de R$ 3,98 trilhões. O levantamento de agora inclui os planos estratégicos das empresas e não somente os projetos financiados pelo banco. A diferença, segundo o banco, é puxada pelo setor de petróleo, que cresceu em R$ 30 bilhões nas estimativas de investimentos em relação ao último levantamento, feito em outubro. O setor também é responsável pela alta na participação da indústria no total de investimentos previstos para o período. Aproximadamente R$ 1,5 trilhão será destinado para a área, capitaneada pela indústria de óleo e gás.
No comunicado divulgado pela instituição o BNDES destaca ainda os investimentos em mobilidade urbana como “uma área de grande importância para o desenvolvimento econômico e social do País”. A área receberá R$ 89 bilhões. A maior parte, 58% do total, será destinada a projetos de metrôs. Também serão beneficiados projetos de monotrilho (16%) e BRT (13%). O volume representa alta de 83% em relação ao período de 2009 a 2012.
Segundo o BNDES, os investimentos no setor são sustentados pela “retomada da capacidade de investimento dos Estados, explicada, em parte, pelas recentes rodadas de descontigenciamento feita pelo governo federal”. O banco ainda destaca a ampliação nos investimentos privados, via Parceria Público-Privada (PPP).
Infraestrutura
A área de infraestrutura receberá R$ 575 bilhões, uma alta de 35% na comparação com o último quadriênio. Segundo o levantamento do BNDES, as áreas mais beneficiadas serão de portos e ferrovias, em função do Programa de Investimento em Logística, do governo federal. Nas ferrovias, a previsão é de um volume de recursos da ordem de R$ 57 bilhões, destinados principalmente para expansão da malha, modernização e aumento da capacidade das vias, além de investimentos diretos da Valec.
O estudo também apontou o crescimento nas previsões de investimentos em energia elétrica. No setor, a alta foi de R$ 7 bilhões em novos recursos, chegando a R$ 191,7 bilhões. O principal destino será a área de geração hidrelétrica, com R$ 54,5 bilhões. Também são apontados como grandes atrativos de investimentos os projetos de parques eólicos, com previsão de R$ 43 milhões até 2017.