O Brasil deve ser o quinto maior mercado consumidor do mundo em 2030, ultrapassando Alemanha, Grã-Bretanha e França – no ano passado, o País ocupou a oitava posição. É isso o que esperam a Ernest & Young e a área de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV Projetos), que prepararam um estudo com projeções sobre a formação do quadro econômico brasileiro e mundial em 2030, divulgado nesta terça-feira (18).
Com base no tamanho dos mercados consumidores daqui a 22 anos, o estudo criou o grupo CIMB, similar ao BRIC, mas sem a Rússia e com o México. BRIC é um acrônimo criado em 2001 pelo economista do Goldman Sachs, Jim ONeill, que considera Brasil, Rússia, Índia e China os quatro principais países emergentes, que juntos seriam a maior força da economia mundial em 2050, em dólares, maior até mesmo do que o G-6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália).
O CIMB leva em consideração a inclusão do México e não da Rússia. De acordo com o professor da FGV Fernando Garcia, a Rússia, apesar de ser um potencial energético, deve apresentar nos próximos anos problemas estruturais no mercado de trabalho, em função, principalmente, da Aids e do alcoolismo.
De acordo com o estudo, as quatro economias emergentes com maior mercado consumidor em 2030 serão a China (US$ 12,756 trilhões), a Índia (US$ 5,266 trilhões), o Brasil (US$ 2,507 trilhões) e o México (US$ 1,854 trilhão) – estes valores levam em conta o ajuste pela paridade de compra com um câmbio, no caso brasileiro flutuando em um intervalo de R$ 1,80 a R$ 2. No ano passado, estes mercados consumidores pela mesma metodologia eram respectivamente de US$ 3,862 trilhões, US$ 2,530 trilhões, US$ 1 067 trilhão e US$ 820,21 bilhões.
PIB
“O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro apresentará um crescimento, sem exageros, de 150% no período, passando a ser de US$ 2,4 trilhões em 2030 no lugar de US$ 963 bilhões registrados no ano passado”, comparou o professor da FGV Fernando Garcia, levando em conta um crescimento médio da atividade do País de 4% ao ano. Esta alteração fará com que o Brasil saia da 10ª posição e volte para a 8ª posição entre as maiores economias mundiais.