O Brasil foi o único país do grupo Bric (formado por Brasil, Rússia, Índia e China) a melhorar seu Índice de Clima Econômico (ICE) entre janeiro e abril, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica da Universidade de Munique, ou Instituto IFO, e que no Brasil é realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Índia, China, Rússia e Brasil têm índice acima de 5, que caracteriza o clima econômico positivo, mas apenas o do Brasil subiu, no caso de 6,4 para 6,5.

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"O Brasil não é o que tem maior ICE, mas é o que está mais otimista", disse a economista da FGV Lia Valls Pereira ao comentar os resultados da Sondagem Econômica da América Latina, feita pela FGV em parceria com o IFO. "Estamos muito melhor que o mundo e a América Latina, em uma fase positiva para o País, com situação atual e expectativas positivas", disse a especialista.

Ela comentou que o ICE do mundo recuou de 5,1 em janeiro para 4 6 em abril, enquanto o da América Latina baixou um pouco menos, de 5,2 para 4,9 pontos. "O mundo está em fase declinante do ciclo econômico e a crise atinge menos os países emergentes", analisou a economista. "Já o Brasil ainda está na parte positiva do ciclo", afirmou.

Na América Latina, os países que como o Brasil mostraram na Sondagem o clima econômico positivo e melhor que em janeiro foram apenas Colômbia (de 5,5 para 5,9) e Uruguai (de 7,7 para 8 0). O Peru, teve uma leve redução de 7,4 para 7,3, mas exibe o segundo maior ICE de abril na região, atrás do Uruguai.

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O aumento do ICE do Brasil foi influenciado principalmente pelo Índice da Situação Atual, que subiu de 7,5 para 7,9 entre janeiro e abril. Já o Índice de Expectativas do País caiu de 5,2 para 5,1. "É uma redução pequena, que podemos interpretar como estabilidade, e a pontuação ainda está acima de 5, na parte positiva", comentou Lia.