Brasília – O Brasil será um dos principais responsáveis pelo crescimento de 1,1 milhão de barris diários na oferta mundial de petróleo em 2007 entre os países não-integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). A produção brasileira deverá saltar de uma média diária de 2,10 milhões de barris, registrada em 2006, para 2,29 milhões de barris neste ano. Em 2005, a produção média foi de 1,99 milhão de barris.

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A agência informou que, de acordo com dados preliminares, a produção brasileira em janeiro ficou 75 mil barris diários abaixo do previsto devido a trabalhos de manutenção na plataforma 37, no Campo de Marlim. ?Mas esse ajuste negativo se limitou ao primeiro mês deste ano?, disse a AIE. ?O Brasil continua sendo um dos contribuintes-chave para o crescimento fora da Opep em 2007.? Os outros países que não pertencem ao cartel e cuja produção terá um forte aumento neste ano são a Rússia, Azerbaijão, Sudão, Canadá e Austrália.

Cálculos provisórios mostram que o consumo de combustíveis no País subiu 2,1% em 2006, atingindo 2,24 milhões de barris diários. Para 2007, a AIE prevê uma alta de 1,9%. ?Embora deva sofrer uma pequena revisão, a taxa de crescimento da demanda no ano passado é compatível com a expansão econômica de certa maneira fraca do País?, disse.

O consumo na maioria das categorias de derivados de petróleo registrou uma alta entre 1% e 2% em 2006. A única exceção ocorreu na categoria de ?outros produtos?, que inclui o etanol, cujo crescimento foi de 11,6%.

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De acordo com a AIE, o aumento no uso de etanol ?é compreensível? diante da forte venda de veículos com motor flexfuel e seu custo mais barato que o da gasolina. ?Entretanto, o conteúdo energético menor do etanol significa que, se o consumo total tivesse sido medido com base no equivalente à gasolina, seu crescimento teria sido ainda menor.