São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que o governo brasileiro está preparando uma missão empresarial à China. Perguntado se participaria da viagem, disse que não sabia. Segundo ele, o governo brasileiro pretende atingir o mercado asiático com produtos com maior tecnologia e valor agregado.
Furlan ressaltou, durante a posse do novo Conselho Administrativo da Câmara Americana do Comércio (Amcham), que a redução da participação das exportações brasileiras no mercado norte-americano é reflexo da busca por novos mercados para as vendas externas.
O ministro destacou ainda que o resultado da balança comercial, divulgado ontem, ficou dentro das previsões do governo. Segundo ele, as turbulências registradas no mercado internacional nos últimos dias não devem alterar a meta de superávit do governo. ?Não esperamos nenhum tipo de surpresa no curto prazo, há setores que estão crescendo com boa dinâmica. Os números estão saindo dentro do esperado realmente, de crescimento das exportações e crescimento maior das importações?, disse.
Etanol
Luiz Fernando Furlan disse que durante a visita do presidente norte-americano, George W. Bush, ao Brasil, na semana passada, foram ?plantadas muitas sementes? e os resultados do encontro poderão se concretizar na visita do final do mês do presidente Lula aos Estados Unidos.
?O Brasil teve uma mídia mundial muito positiva pelo reconhecimento do governo dos Estados Unidos de que somos líderes mundiais em energia renovável?, disse, acrescentando que esse processo vai gerar um interesse de investidores de todo o mundo no biocombustível brasileiro. ?Isso provavelmente vai acelerar os processos de utilização do etanol e biodiesel por muitos países do mundo, uma vez que o governo americano passou a ser um avalista do processo brasileiro?, afirmou.
Ele ressaltou que o principal tema da visita de Bush era o de co-operação na área tecnológica. ?O presidente Bush veio conhecer mais detalhes sobre a experiência brasileira na produção do etanol.?
Furlan lembrou que o presidente dos EUA já havia afirmado a Lula em encontro na Granja do Torto, no final de 2005, que para eles a questão do etanol era de segurança nacional.
O ministro salientou ainda que o País não depende dos Estados Unidos para produção do etanol, mas sim o contrário. ?Os americanos para encurtar seu caminho para a produção do etanol dependem do Brasil e o Brasil tem um grande mercado interno e os mercados mundiais à disposição.?