Foto: Arquivo/O Estado |
Propriedade intelectual não se limita à pirataria de CDs e DVDs. continua após a publicidade |
Ao caminhar pelas ruas centrais das grandes capitais, é notório o problema do País quando o assunto é pirataria, onde é possível se deparar com produtos vendidos irregularmente. Esse é um dos motivos que faz com que a maioria da população brasileira acredite que propriedade intelectual é sinônimo de pirataria, seja ela de CDs, DVDs, programas de computador, artigos esportivos ou eletrônicos. No entanto, a propriedade intelectual não se limita a isso.
De acordo com o advogado Ricardo Egg, já é hora do Brasil dar valor para a produção intelectual, seja ela no campo artístico, cultural, comercial e saber que marcas, patentes e direitos autorais foram criados para promover o progresso. ?É inconcebível no atual estágio de desenvolvimento da nação que o setor privado não considere importante a proteção do capital intelectual?.
Outra questão é que poucas pessoas tomam o devido cuidado para garantir o adequado retorno do investimento no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, ou na divulgação de uma marca. O advogado comenta que este quadro pode mudar. Para isso, basta partir de atitudes simples, como pesquisar patentes nas bases de dados, antes de investir na criação de um novo produto, evitando gastos desnecessários com a ?criação? de uma mercadoria existente.
É fundamental um bom gerenciamento da propriedade intelectual, resultando num diferencial competitivo e no fator de sua importância para o aproveitamento de todo o potencial lucrativo de uma empresa. Por essa razão, patentear a idéia é importante, pois sem a patente não existe exclusividade, fazendo com que o inventor desperdice a possibilidade de exigir os royalties.
A adequada proteção e exploração dos ativos de propriedade intelectual pode ser a fórmula que falta para muitas empresas brasileiras que não conseguem transformar inovação em resultados práticos para a lucratividade e desenvolvimento do empreendimento. ?A atual situação econômica mundial e o mercado globalizado não permitem mais o desperdício de recursos ou de potencial. Por isso, é preciso tomar as medidas necessárias antes que seja tarde demais?, finaliza Ricardo Egg.