O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta quinta-feira (8) que, se confirmadas as projeções de reservas existentes na camada pré-sal, a partir do que foi descoberto no campo de Tupi, o Brasil passaria hoje para o seleto grupo que contém as maiores reservas mundiais de petróleo e gás. Segundo Gabrielli, é possível prospectar que o País ocuparia o oitavo ou nono lugar, posicionado entre a Venezuela e a Nigéria. Hoje, o Brasil ocupa a 24ª posição.

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Por estas projeções, as reservas do país saltariam para algo entre 70 bilhões e 100 bilhões de barris de óleo equivalente. Hoje, pelo critério SPE (organismo internacional que contabiliza as reservas mundiais) a Petrobras tem hoje 14,4 bilhões de barris. A maior reserva é a da Rússia, com 379 bilhões de barris seguida do Irã, com 314 bilhões. A Nigéria possui 69 bilhões e a Venezuela, 100 bilhões.

9ª Rodada

Gabrielli disse também que "gostaria muito" que a Petrobras ficasse com os blocos que foram retirados hoje da 9ª Rodada da Agência Nacional de Petróleo (ANP) pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), após a descoberta de petróleo no campo de Tupi, na bacia de Santos. Ele frisou porém, que a decisão não cabe à Petrobras. "Essa é uma decisão que cabe ao CNPE, integrado por 11 ministros", lembrou.

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Gabrielli observou que a área onde a megarreserva de petróleo e gás foi descoberta é explorada pela empresa em sociedade com duas outras empresas, a britânica BG e a portuguesa Petrogal – Galp Energia. De acordo com ele, a produção comercial na área de Tupi, onde foi feita a descoberta, deve começar "em cinco ou seis anos".

O presidente da Petrobras confirmou a participação da Petrobras na 9ª Rodada em outros blocos, que não foram retirados do rol dos que serão licitados. "Existem várias áreas em que temos interesses", afirmou. GAbrielli reafirmou que a empresa não tem nenhum plano neste momento de ampliar o gasoduto da Bolívia para o Brasil, o Gasbol.

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