O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (4) estar confiante que as negociações da Rodada Doha sejam concluídas a contento. "Estamos preparados para ser mais flexíveis, desde que sejam atendidos os mais justos pleitos que compartilhamos com países do G-20 e do Mercosul", afirmou o presidente, na cerimônia de encerramento da Cúpula Empresarial Brasil-União Européia, em Lisboa, Portugal.
Os empresários brasileiros e europeus entregaram a Lula e ao presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, um documento expressando as opiniões do empresariado, no qual a conclusão da Rodada Doha é um ponto de destaque ao lado de mais investimentos em infra-estrutura e em competitividade e inovação além da questão climática.
Comentando as dificuldades de se chegar a um acordo na Rodada Doha, Lula lembrou que é uma pessoa otimista, que não desanima diante de dificuldades para chegar a um entendimento. Aos empresários ele contou que é sindicalista desde os 23 anos e sempre negociou acordos complicados. Segundo Lula, a chave para um acordo equilibrado é a responsabilidade. "É por isso que as pessoas casam. É porque os dois pensam que vão ganhar", comentou Lula.
Ele disse também que em conversas com o presidente norte-americano, George W. Bush, em Camp David, e com o então primeiro-ministro britânico, Tony Blair, há duas semanas, disse que em determinado momento os líderes devem escolher "com que cara" querem passar para a história. Essa decisão, disse Lula, é eminentemente política. "Eu não quero sair do governo sem ter concluído o acordo da OMC, porque é a única chance que os países em desenvolvimento vão ter", afirmou. Ele terminou seu discurso pedindo ajuda de Deus para concluir a Rodada Doha.
