O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse nesta terça-feira (4), em evento no Rio, que não está descartada a possibilidade de o Brasil vir a aumentar sua importação de gás natural da Bolívia, no longo prazo. Segundo ele, é praticamente certa a renovação do contrato com aquele país, que vence em 2019.

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Conforme Tolmasquim, o Brasil deverá importar em torno de 72 milhões de metros cúbicos de gás natural em 2030, sendo que 30 milhões serão provenientes da prorrogação do contrato com a Bolívia, além de outros 30 milhões de GNL. Os 12 milhões restantes ainda estão sem origem definida. "A questão política da Bolívia hoje é um problema conjuntural. Temos que pensar na questão no longo prazo. Eles têm gás. Nós precisamos de gás", disse Tolmasquim.

O presidente da EPE, no entanto, ressaltou que apesar do esperado aumento do volume de gás importado, a dependência externa vai diminuir relativamente por conta da expansão da produção nacional. A previsão da EPE é de que, em 2030, a participação do gás importado será de 27%, ante os 52% atuais. Ainda segundo Tolmasquim, nessa mesma época a participação do gás na matriz energética deverá ser de 16%, ante os atuais 9%.

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