O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Alessandro Teixeira, mostrou-se confiante que o desempenho da economia brasileira neste ano e no próximo será favorável, a despeito do agravamento da crise financeira internacional. “Acredito que o crescimento neste ano deve chegar a 4%”, comentou Teixeira, ressaltando que tal marca também poderá ser repetida em 2012.

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Teixeira destacou que o Brasil tem um mercado interno muito forte, que é seu principal motor para viabilizar a expansão da economia em patamares favoráveis por um prazo longo. Mesmo assim, o secretário observou que no próximo ano ainda há incertezas sobre o desempenho da economia brasileira, diante de potenciais impactos da retração da economia mundial para o País, especialmente na área de investimentos e exportações de produtos nacionais para o mundo.

O secretário manifestou-se favorável que os juros do País tenham um patamar melhor, corroborando declarações do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, no fim de semana ao jornal O Estado de S. Paulo. Pimentel disse que esperava ardorosamente que a taxa Selic (juro básico da economia) caísse no segundo semestre. “Todo mundo quer juros menores. Mas a condução da política monetária é de competência do Banco Central e ele vai avaliar qual deve ser a melhor decisão para o País na próxima reunião de 30 e 31 de agosto”, disse. “A prioridade é o combate à inflação, pois ela pune muito mais a população mais simples”, afirmou.

Classificação

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O secretário-executivo do MDIC destacou hoje que as condições econômicas do País, sobretudo o bom desempenho fiscal e o avanço do crescimento sustentado com inflação sob controle, ao mesmo tempo em que melhora de forma substancial a distribuição de renda, credenciam o Brasil a receber melhores avaliações das agências de classificação de risco. “O Brasil merece posições de rating (nota) muito melhores, pois, inclusive, apresenta condições econômicas bem mais favoráveis do que muitos países, alguns deles europeus”, afirmou.

Teixeira citou o caso, por exemplo, da Itália. O país, cujo primeiro-ministro é Silvio Berlusconi, possui uma dívida pública próxima a 120% do Produto Interno Bruto (PIB), o que é, em termos proporcionais, duas vezes maior que a relação entre dívida e PIB do Brasil, que atinge 56% em termos brutos.

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