O Brasil pode conseguir US$ 600 milhões anuais em investimentos de países desenvolvidos interessados em créditos de carbono e em atender à proposta de redução de gases de efeito estufa prevista no Protocolo de Kyoto. A estimativa é do Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimento Sustentável, feita com base na meta mundial de redução de 4,7 bilhões de toneladas de gás carbono anuais, estabelecida pelo protocolo, para os países mais poluidores.
O Brasil poderia captar uma parte, de 100 milhões de toneladas de CO2 que, a um custo de US$ 6 por tonelada, valeriam US$ 600 milhões. ?Se formos competentes e tivermos credibilidade, nós podemos participar desse mercado com essa fatia e atrair investimentos nesse valor?, afirma Paulo Henrique Cardoso, vice-presidente do Conselho.
?Temos que acelerar e atrair países e órgãos que queiram investir em projetos de reflorestamento no Brasil?, concorda Everton Vargas, chefe da divisão de ambiente do Itamaraty, que hoje participou da abertura do Fórum Internacional sobre a Indústria de Florestas, um encontro que reuniu representantes de vários países, empresas e governo brasileiros.
Segundo Vargas, o governo quer aumentar o diálogo com as empresas nacionais e internacionais para a produção de ?desenvolvimento limpo?. ?Queremos que elas participem mais da redução de emissão de gases e esse fórum é uma boa forma de conversar sobre isso?, disse.