Brasil pode ajudar Reino Unido a evitar falta de carne

Supermercados e empresas de alimentos britânicas estão sendo orientados a procurar fornecedores brasileiros e de outros países para evitar uma escassez de carne no Reino Unido até o final da semana. Na terça-feira, um novo foco de aftosa foi identificado no país e, em Bruxelas, a União Européia (UE) convocou para hoje uma reunião de emergência dos veterinários do bloco. Os principais mercados mundiais decretaram embargo à carne britânica, como Estados Unidos, Rússia, Europa e Japão.

Oficialmente, a UE rejeita a tese de ampliar as cotas para as carnes brasileiras. O tema é um dos mais polêmicos dentro das negociações comerciais entre o Mercosul e a Europa. Por enquanto a cota destinada ao País é de 5 mil toneladas de carne bovina com um imposto de apenas 20%. Mas, na prática, o Brasil vem conseguindo aumentar as exportações fora da cota, pagando taxas altas que chegam a mais de 170%. As exportações fora da cota vêm aumentando mesmo com a aftosa em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, que não podem exportar o produto. Em 2006, as vendas chegaram a 200 mil toneladas por causa da competitividade dos preços brasileiros.

Na Inglaterra, que produz 10% do consumo europeu, o surto de aftosa foi primeiro detectado na sexta-feira. As investigações iniciais indicam que o surto na cidade de Wanborough (50 quilômetros sudoeste de Londres) poderia ter sido causado por um vírus que há anos não era detectado em nenhuma parte do mundo e que existia apenas em um laboratório na região próxima às fazendas atingidas. "Se isso de fato ocorreu, o que precisamos saber é como a segurança falhou", afirmou Philip Todd, porta-voz da UE.

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