Brasil perde US$ 3 bi ao ano em royalties

Rio – O valor remetido ao exterior como pagamento de royalties por tecnologia, serviços técnicos e softwares já supera US$ 3 bilhões, ou seja, 15 vezes os US$ 200 milhões pagos em 1992. O alerta é do diretor da Sociedade Brasileira Pró Inovação Tecnológica (Protec), Roberto Nicolsky. Ele cita estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), segundo o qual as remessas ao exterior por royalties desse tipo eram de US$ 200 milhões em 1992 e subiram para US$ 2,8 bilhões em 2000. “Agora certamente são mais de US$ 3 bilhões e a tendência é crescer”, diz Nicolsky. Se a cifra fosse aplicada em pesquisa e desenvolvimento (P&D ) no Brasil, estaria compatível com a média de investimento mundial. Sob a forma de royalties ao exterior, os US$ 3 bilhões não deixam de ser gastos das empresas brasileiras com P&D, mas as pesquisas são feitas por outros países e em benefício maior deles. “Nunca se vende a tecnologia mais avançada.

Esta fica com quem a desenvolveu porque é o que dá mais competitividade no mercado internacional”, diz Nicolsky. Assim, o balanço de pagamentos é atingido duplamente pela falta de investimento e a balança comercial também é afetada. “A Embraer produz produtos de alto valor agregado com competitividade no mercado internacional porque tem tecnologia própria”, diz.

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