Brasil não precisa mais importar minimilho

 Foto: Divulgação

Minimilho: produção auto-suficiente.

Brasília – Tecnologias desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tornaram o Brasil auto-suficiente na produção de minimilho, também conhecido por baby com, e resultaram na abertura de um novo nicho no mercado. Antes, a maioria do produto consumido no país era importada da Tailândia.

O produto é consumido em forma de conservas ou in natura e ganhou adeptos entre os produtores rurais, principalmente os que utilizam mão-de-obra familiar.

De acordo com pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Valéria Aparecida Vieira Queiroz, o minimilho tem menor valor calórico e custo de produção mais baixo se comparado ao milho comum. A colheita precoce diminui a ocorrência de pragas e doenças e o plantio pode ser repetido até cinco vezes por ano na mesma área.

Nas formas de milho verde, seja cozido, assado ou pamonha, o mercado já sinaliza oportunidades para quem aposta no tamanho em miniatura do milho. ?A versatilidade que o minimilho permite, seja no seu uso em saladas, em sopas, misturado ao arroz ou em massas, em cozidos de legumes ou de carnes e grelhados em azeite como guarnição, tem provocado a abertura de um novo nicho de mercado, que já começa a ser explorado por restaurantes finos, por exemplo?, detalha a pesquisadora.

Segundo o pesquisador Israel Alexandre Pereira Filho, os trabalhos de melhoramento desenvolvidos pela Embrapa Milho e Sorgo estão em busca de uma cultivar específica de minimilho, para atender as exigências de mercados consumidores. ?Qualquer cultivar que suporte alta densidade de plantio pode ser usada para a produção de minimilho. No entanto, os países da União Européia, principais importadores, têm preferência por cultivares de milho doce, que são mais saborosos e tenros?, informou. Atualmente, uma das cultivares com a tecnologia Embrapa que mais tem atendido às exigências do mercado é a variedade BR 106.

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