Brasília – Apesar da liberação para importação de carne brasileira, anunciada nesta quarta-feira (27) pela União Européia (UE), o governo brasileiro não descarta entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as restrições impostas em janeiro.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a questão continua sendo examinada pelo Brasil. Neste momento, o secretário-executivo, Samuel Pinheiro Guimarães, recebe 18 deputados ruralistas que pedem uma postura mais enérgica do governo.
A UE supendeu a importação de carne brasileira no dia 31 de janeiro, quando se negou a aceitar a lista de 2.681 propriedades apresentadas pelo governo como aptas a exportar o produto. Em dezembro, os europeus haviam limitado em 300 o número de exportadores, sob a alegação de deficiências na certificação e rastreamento de origem do gado brasileiro – problemas detectados durante inspeções sanitárias feitas em novembro de 2007.
Nesta quarta-feira, o chefe da delegação européia no Brasil, embaixador João Pacheco, anunciou a liberação de importação de 106 fazendas que integram o relatório de auditoria enviado pelo governo federal, sobre os produtores aptos a exportar para a União Européia.
Pacheco esclareceu, ainda, que a indicação de limitar o comércio a 300 fazendas foi apenas uma recomendação, não uma limitação quantitativa. A liberação de mais exportadores, segundo ele, dependerá de auditorias que serão feitas pela União Européia.