Pela primeira vez em mais de duas décadas, a União Européia (UE) tomou o lugar dos Estados Unidos como um dos principais destinatários das exportações brasileiras de manufaturados este ano. As vendas desses produtos para o mercado europeu cresceram 28,5% até outubro, enquanto para os Estados Unidos recuaram 6,9% principalmente em decorrência da valorização do real ante o dólar e também dos problemas derivados da crise imobiliária naquele país.

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Os embarques de produtos industrializados do Brasil para a UE totalizaram US$ 13,478 bilhões entre janeiro e outubro deste ano ante US$ 13,157 bilhões para os EUA. Os dados são do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e sugerem que a diferença tende a se ampliar nos próximos meses.

Com o dólar oscilando na faixa de R$ 1,70 a R$ 1,80, os produtos brasileiros perdem competitividade no mercado americano, que é abastecido cada vez mais por produtos chineses. Diante disso, os exportadores brasileiros buscam redirecionar os produtos antes vendidos nos EUA para países da Europa. Ao mesmo tempo, tentam substituir o dólar como moeda nessas transações, na medida em que o euro significa melhor remuneração por seus produtos.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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